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Com liberação de FGTS, contratação de temporários para o Natal deve ser a maior em seis anos

14 de outubro de 2019, 16h33

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a oferta de vagas temporárias para o Natal de 2019 será a maior em seis anos. Segundo projeção da entidade, serão contratados 91 mil trabalhadores temporários neste fim de ano para atender ao aumento sazonal das vendas.

 

O número é 4% maior do que o registrado em 2018 (87,5 mil). O Natal é a principal data comemorativa do varejo e deve movimentar R$ 35,9 bilhões em 2019.

 

“Contribuem para a retomada parcial do nível de atividade do setor a inflação baixa, os juros básicos no piso histórico, os prazos mais amplos para a quitação de financiamentos e, principalmente, a liberação de recursos extraordinários para o consumo, como os saques no FGTS e no PIS/Pasep”, disse em nota José Roberto Tadros, presidente da CNC.

 

Além da maior oferta de vagas, a taxa de efetivação dos trabalhadores temporários deverá ser maior do que nos últimos cinco anos com a expectativa de absorção definitiva de 26,1% desses trabalhadores.

 

Regionalmente, São Paulo (22,6 mil), Minas Gerais (10 mil), Rio de Janeiro (9,4 mil) e Rio Grande do Sul (7,6 mil) concentrarão mais da metade (54%) da oferta de vagas, segundo o levantamento.

 

De acordo com o estudo da CNC, os maiores volumes de contratações deverão ocorrer nos ramos de vestuário (62,5 mil vagas) e de hiper e supermercados (12,8 mil).

 

“Entre os segmentos do varejo, as lojas de vestuário, acessórios e calçados são, historicamente, as mais afetadas positivamente pelas vendas natalinas”, lembra o economista da Confederação Fabio Bentes.

 

Alta de faturamento

 

Segundo ele, enquanto o faturamento do varejo cresce, em média, 34% na passagem de novembro para dezembro, no segmento de vestuário esse percentual costuma subir 90%.

 

Neste ano, o levantamento realizado pela CNC traz também um recorte de profissões: oito em cada dez vagas ofertadas deverão ser preenchidas por vendedores (57 mil), operadores de caixa (13 mil) e pessoal de almoxarifado (4,6 mil).

 

Os maiores salários médios deverão ser pagos aos contratados para os cargos de gerente de marketing e vendas (R$ 2.724) e gerentes de operações comerciais (R$ 2.020).

 

A taxa de efetivação dos trabalhadores temporários deverá ser maior do que nos últimos cinco anos, com expectativa de absorção definitiva de 26,1%.

 

De acordo com Bentes, entretanto, “a ainda lenta recuperação da economia e do consumo desde o fim da recessão deverá impedir que o varejo apresente taxas de efetivação superiores a 30%, como costumava ocorrer até 2014.”


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