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SETEMBRO AMARELO: saúde mental é saúde pública!

05 de setembro de 2023, 10h35

Em 1994, o jovem Mike Emme cometeu suicídio dentro de seu Mustang amarelo. No seu funeral, amigos e familiares distribuíram cartões e fitas amarelas como recordação. Assim, a partir de 2003, o dia 10 de setembro passou a ser marcado como Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio e, mais tarde, a cor amarela seria escolhida para representar a causa.

 

Com o intuito de ampliar a conscientização acerca do assunto, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), iniciou a campanha “Setembro Amarelo” no Brasil, em 2014. Desde então, anualmente, temas que envolvem a saúde mental das pessoas vêm sendo colocados em pauta com maior atenção pelas instituições brasileiras.

 

 

Índices que preocupam

 

O número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. O levantamento faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho. Em 2022, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia. Em 2021, foram 14.475 suicídios.

 

Dados da Organização Mundial da Saúde – OMS ainda revelam que, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

 

O tema é um importante problema de saúde pública no mundo, que possui impactos na sociedade como um todo. É um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

 

 

Saúde mental no ambiente de trabalho

 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 10,2% das pessoas com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de depressão.

 

Dados oriundos do sistema de informação de óbitos apontam que o crescimento do suicídio é exponencial e a ocorrência desencadeada por adoecimento no trabalho é notória: ainda em 2019 foram notificados 13 mil suicídios no país, sendo quase 12 mil casos na população entre 14 e 65 anos. Destes, 10 mil casos ocorreram em pessoas em atividade de trabalho.

 

Considerando as categorias de atividade, agricultores e profissionais que atuam nas áreas de pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura são as mais afetadas, sendo 89,5% dos casos de suicídio cometidos por pessoas do sexo masculino. Policiais, bombeiros e agentes carcerários aparecem no ranking, seguidos pelos trabalhadores da enfermagem, da construção civil e de transportes.

 

Os transtornos mentais relacionados ao trabalho (TMRT) são a terceira maior causa de afastamento do trabalho. Portanto, a realidade brasileira demonstra a necessidade de incorporar ações de prevenção no ambiente de trabalho por meio de programas de promoção da saúde e qualidade de vida no âmbito das empresas e instituições.

 

 

Busque ajuda!

 

Se você está passando por um momento difícil ou conhece alguém que precisa de ajuda, LIGUE 188 – Centro de Valorização da Vida (CVV). Disponível 24 horas por telefone e nos seguintes horários por chat: Dom – 17h à 01h, Seg a Qui – 09h à 01h, Sex – 15h às 23h, Sáb – 16h à 01h.

 

Você também pode buscar ajuda em um estabelecimento com atendimento de saúde mental mais próximo. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o aplicativo gratuito ConecteSUS e o Mapa da Rede de Atenção Psicossocial, elaborado na plataforma Google Maps.

 

Lembre-se: tentativa prévia e transtornos mentais são os principais fatores de risco. Caso conheça alguém passando por problemas, apresente essas informações.

 

 

Por Camila Banhatto, da Sindicatos Online. Com informações de Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde, setembroamarelo.com e Viva Bem Uol.


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