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Raia Drogasil eleva lucro e vai expandir rede para classe C

17 de February de 2017, 15h32

Maior rede de farmácias do país, a Raia Drogasil prepara um plano de crescimento orgânico que envolverá a entrada em três novos mercados no país em 2017 - segundo apurou o Valor, essa expansão envolve a região Nordeste - e a abertura mais acelerada de lojas da rede Farmasil, voltada para a classe C. As informações constam de relatório de resultados divulgado ontem.

A companhia informou um aumento de 11,3% no lucro líquido do quarto trimestre de 2016, para R$ 87,2 milhões. No acumulado do ano passado, a expansão no lucro líquido foi de 32%, para R$ 451,2 milhões.

Em mais um trimestre com receita se expandindo dois dígitos, as vendas líquidas do grupo aumentaram 24,3% de outubro a dezembro, para R$ 3 bilhões. No ano todo, a alta foi de 24,8%, para 11,2 bilhões. Significa um acréscimo de R$ 2,2 bilhões à receita de 2015 - como se o grupo tivesse incorporado uma operação do tamanho da concorrente Panvel.

Nos dois trimestres anteriores, o lucro cresceu a taxas mais altas (cerca de 40%), em parte como reflexo dos ganhos gerados com o reajuste dos medicamentos, de 12%, em abril. No fim do ano, esse efeito se reduziu.

O aumento em despesas gerais e administrativas também teve seu peso no balanço do quarto trimestre, com elevação de quase 42,6%, devido à alta no provisionamento da remuneração variável de funcionários, para refletir o aumento no preço das ações concedidas em programa de incentivo, somado a contingências trabalhistas. A empresa afirma que esse aumento é "transitório".

A companhia faz uma ressalva no material divulgado ao mercado. Destaca que os ganhos inflacionários obtidos com as compras que faz da indústria devem ser menores em 2017. A Raia Drogasil compra medicamentos antes do aumento nos preços, definido anualmente pelo governo, e vende depois já com o reajuste, e com isso aumenta a sua rentabilidade. A inflação, se por um lado expande despesas operacionais (energia, aluguel), por outro ajuda na margem das farmácias.

Em 2016, o reajuste nos medicamentos foi de 12%. "Achamos que neste ano vem menos que a metade disso. Nós não damos 'guidance' de margem ou receita, mas o que estamos dizendo ao mercado é que os ganhos inflacionários sobre os estoques serão muito menores neste ano. Que não contem com uma repetição de 2016", disse ontem Eugenio de Zagottis, diretor de planejamento corporativo da Raia Drogasil.

O comando do grupo ressaltou que haverá uma busca por diluir mais despesas nos próximos meses, como forma de tentar equilibrar a perda com a inflação. "Temos um desafio brutal com isto neste ano e que vai dar trabalho, mas estamos focados em tratar essa questão", disse o presidente Marcílio Pousada.

Questionado sobre a possibilidade de queda nas margens para 2017, o executivo não deu previsões. De outubro a dezembro, a margem bruta foi de 28,8% (chegou a 31,6% em meados do ano), versus 28,7% no quarto trimestre de 2015. O índice vem em queda desde o segundo trimestre. A margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) foi de 7,4% nos três últimos meses de 2016. Um ano antes, havia sido de 7,3%.

O grupo manteve a previsão de abertura de 200 lojas em 2017. No ano passado, foram inauguradas 212 e fechadas 27 unidades, um saldo final de 1.420 pontos.

Fonte:Publicação Eletrônica da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado da Bahia Nº 493


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